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Este post é a continuação do trabalho que estamos a realizar sobre a descendência de Blacky von der Scheleuse, um boxer alemão que viveu em Portugal na década de 70. Numa primeira publicação intitulada Os filhos de Blacky mostramos como na década de 80 o sangue do Blacky foi profusamente disseminado pela maioria dos canis portugueses.
Desta vez iremos a abordar o período de tempo entre o final dos 80 e o ano 1996.
Gostaria por começar com um agradecimento às Sra. Ana Laguinha e Lilian Raucoules que amavelmente emprestaram um significativo número de documentos, sem os quais teria sido impossível este trabalho.
1. Descendentes de Rita de Sellium
Rita de Sellium (filha de Chita de Sellium) foi uma das netas de Blacky com maior impacto no panorama boxeristico português. Destacou-se nos ringues e conseguiu o título de campeã nacional.
A seguinte imagem ilustra a relevância da Rita como reprodutora.
Gostaríamos de partilhar algumas imagens de destacados exemplares, descendentes da Rita de Sellium sem deixar de frisar que o sangue da Rita (e consequentemente do Blacky) tem sido preservado por destacados criadores portugueses até os nossos dias.
2. Descendentes de Guedra de la Vallée D'Oulja
Guedra foi outra extraordinária reprodutora, filha da Ainn de la Vallée D'Oulja. O mérito da sua descendência tem sido reconhecido por um assombroso número de criadores e expositores portugueses.
Entre os exemplares que descendem de Guedra estão reprodutores de excepção como Oum, Ouzud e Wagner de la Vallée D'Oulja:
3. Descendentes de Velours de la Vallée D'Oulja
Uma das filhas da Velours (filha do Djinn de la Vallée D'Oulja) foi a campeã Chloe de la Vallée D'Oulja. A Chloe foi considerada a melhor cadela portuguesa em 1996. Isto é, nesse ano venceu o Trofeu Vallée D'Oulja.
É necessário assinalar que a Vesta de la Vallée D'Oulja (outra das netas do Blacky) , írmã de ninhada da Velours, foi a mãe da ninhada D de Linvel. O pai dessa ninhada foi Wagner de la Vallée D'Oulja que como já tive a oportunidade de referir, também é descendente do Blacky.
4. Descendentes de Etna de Chipema
A Etna foi outra grande reprodutora, neta do Blacky von der Scheleuse. Esta cadela foi filha de Danaide de la Vallée D'Oulja, filha do Blacky.
Quero aproveitar este espaço para deixar uma palavra de profunda admiração pela Sra. Margarida Correia, proprietária do afixo Chipema. A Margarida Correia deu um importantíssimo contributo como criadora, juíza e dirigente do Boxer Club de Portugal. Os frutos do seu trabalho perduram até os nossos dias.
Em particular, a Etna foi a mãe de quatro ninhadas registadas com o afixo Casal de Paúves, como é possível observar na seguinte imagem:
Entre os filhos de Etna de Chipema é preciso destacar a Gala de Casal de Paúves. Uma excepcional reprodutora que deu origem a conhecidíssimos boxers portugueses entre os quais está a multi-campeã Marylin von Bispus, primeira campeã ATIBOX, nascida em Portugal.
Gostava ainda de referir que o pai da Gala foi o campeão Pacha de la Vallée D'Oulja, também descendente do Blacky, e um dos poucos boxers portugueses que conseguiu o nível III de IPO.
5. Desdentes de Bali e Boxy de Chipema
O pai da ninhada B de Chipema foi o conhecido campeão Djinn de la Vallée D'Oulja. As próximas imagens contem as informações que ate a data possuímos sobre os descendentes de Bali e Boxy, netos do Blacky.
6. Descendentes de Aton
Aton foi um cão que como a sua mãe Bicha foram registados sem afixo. A cadela Bicha foi uma das filhas de Blacky von der Scheleuse. A próxima imagem foi retirada da página do Vale do Cris, propriedade do Sr. Luís Gorjão, quem gentilmente acedeu ao meu pedido.
Sobre a descendência de Aton contamos com as seguintes informações:
7. Descendentes de Aizan de Domus Carlotae
O último neto do Blacky que gostariamos de referir neste trabalho é o Aizan de Domus Carlotae. Aizan foi outro dos filhos de Djinn de la Vallée D'Oulja.
8. Algumas conclusões
Após este trabalho penso que é possível concluir que os descendentes do Blacky von der Scheleuse fizeram parte da maioria do canis portugueses, nas décadas de 80 e 90 do século pasado. Neste momento estou em condições de afirmar que a distância de 40 anos desde o nascimento do Blacky, muitos dos boxers portugueses actuais também são os seus descendentes.
Obviamente uma raça canina não se faz de um único exemplar. Sem o contributo de muitos outros exemplares excepcionais e do talento dezenas de criadores portugueses, não teria sido possível chegar ao nível do boxers de hoje.
Não obstante, o sangue do Blacky é algo que une à maioria dos boxers lusos nos últimos 40 anos. Do meu ponto de vista é um facto extraordinário que merece ser assinalado.
Nas próximas semanas iremos publicar um novo texto intitulado "Je suis Blacky", onde abordaremos o legado do Blacky na actualidade.