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Sexta-feira, 5 de Maio de 2017

Fichas Analíticas e Caudas

As fichas analíticas são um especie de impresso que os criadores, sócios do Boxer Club de Portugal (BCP), devem preencher quando têm uma ninhada.

A sua origem está estreitamente ligada à fundação do BCP, no início dos anos 80s; quando um grupo de boxeristas conseguiram criar um dos primeiros clubes de raça em Portugal.

Ao olhar para as publicações dessa época sinto uma profunda admiração pelo entusiasmo e pelo pionerismo de dos fundadores do Clube. 

Uma das suas ideias foi criar as Fichas Analíticas que permitiam a compilação de importantes informações sobre as ninhadas criadas. De facto, dados como a quantidade de cachorros brancos e a existência de terceiras pálpebras despigmentadas são muito relevantes para os criadores.

O BCP de aqueles tempos, apesar de todas as limitações tecnológicas, conseguia recolher os dados e posteriormente publicar os resultados.

Ao longo dos anos a "tradição" das fichas analíticas foi preservada, agora na sua versão digital. Aqui é possível preencher online a Ficha Analítica, no site do BCP.

Como se pode observar, o seu formato continua muito parecido com a  versão em papel, dos anos 80s.

IMG_20170325_232828.jpg

IMG_20170325_233146.jpg

Mas algo ficou pelo caminho. Actualmente não são divulgados os dados recolhidos pelo BCP.

Sem ânimo de causar polémicas e apenas com a intenção de melhorar algo que considero muito importante, gostaria de levantar duas questões:

1) Qual é o sentido de compilar informação que não é partilhada?

2) Após a proibição das amputações e à luz do actual standard do boxer, não é recomendável incluir os defeitos nas caudas, nas informações recolhidas com as fichas analíticas?

 

publicado por Blog do Boxer às 16:10

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Sábado, 26 de Novembro de 2016

Je suis Blacky

O meu amigo Elias deu-me uma grande alegria. Há poucos dias ligou a contar que tinha conhecido aos donos de Blacky von der Scheleuse e que tinham decidido ficar com uma das suas cachorras. O nome desta pequena é Hydra de Cyberbox e é descendente de Blacky!

A seguinte imagem (cortesia do Sr.  Elias António, Boxers de Cyberbox) ilustra esta feliz coincidência e reforça a Blacky von der Scheleuse como um elo de ligação entre muitos dos boxers portugueses da actualidade.

HydraCyberBox.jpg

Nesta relação de maravilhosos exemplares quero destacar à Campeã do Mundo Bat D' Anteikan, uma das mais ilustres descendentes de Blacky.

Outra notável descendente de Blacky von der Scheleuse foi a Campeã ATIBOX Marylin von Bispus. Marylin é neta de Gala de Casal de Pauves, mencionada no nosso post Os Netos de Blacky

O sangue da Multi-Ch. Marylin von Bispus está em exemplares registados com afixos portugueses como: Casa do Niko, Seballbox, Lacrima di Stella e Los Tomeguines. De facto, conhecidos exemplares como Ch. Jack Daniels da Casa do Niko, Ch. Kyara de Seballbox, Ch. Lisboa de Los Tomeguines, Ch. Ibsen de Seballbox e a sua filha Ahnna Lacrima di Stella; descendem da nossa primeira campeã ATIBOX e portanto são todos descendentes do Blacky.

Outra das netas de Gala de Casal de Pauves foi Ch. Quenya von Bispus que por sua vez faz parte do pedigree de boxers portugueses como os campeões: Hapollo, Simba, Gitana e Jéssica de Lareanus. Em boa verdade, há uma significativa quantidade de boxers de Lareanus, descendentes da Quenya. Também são descendentes da Ch. Quenya von Bispus várias ninhadas registadas com os afixos: Casa Frankinho, Casa do Zeus, Leiriping, Nobilis du Covelo, Seballbox, Solaro Greco, Terras da Fénix e von Haustieres der Gebirge.

A campeã Quinta von Bispus, irmã de ninhada da Quenya, é outra das netas de Gala de Casal de Pauves que faz parte do pedigree de muitos boxers portugueses da actualidade. Quinta é a avó do campeão Bono Vox da Casa Frankinho de quem descendem a Multi-Ch. Fendi da Casa Frankinho e várias ninhadas registadas com os afixos: Bottega, Canirutilus, Konigsbox, Lareanus, Terra de Fénix e Quinta das Camélias. Os exemplares Ch. BCP Xeila de Casa Frankinho e o Ch. Ferruci von Konigsbox são dois conhecidos descendentes de Ch. Bono Vox. É igualmente necessário assinalar que da Ch. Quinta von Bispus descendem exemplares dos afixos: Casa do Niko,  Pauro di Mar, Porto Village, Thalna e von Bispus. A título de exemplo gostava de referir a Heartbreaker de Porto Village, um dos mais recentes descendentes de Quinta von Bispus.

Gostava de terminar este post como uma referência à outra grande descendente de Blacky von der Scheleuse. A campeã Avicii von Cape Town é filha de Dior de Cani-Lavra e neta de Ch. Wanda de la Valleé D' Oulja. Também é descendente da Wanda a cadela London de Porto Village. A campeã Wanda foi uma dos últimos boxers registados com o afixo Valleé D' Oulja. Durante mais de 30 anos os seus proprietários criaram mais de 40 ninhadas de descendentes do Blacky!

Vou deixar para uma próxima publicação algumas conclusões sobre o legado de Blacky von der Scheleuse na criação dos boxers portugueses.

 

publicado por Blog do Boxer às 10:41

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Quarta-feira, 25 de Novembro de 2015

3º Encontro Nacional de Boxers

No próximo dia 29 de Novembro irá ter lugar na cidade do Porto o 3º Encontro Nacional de Boxers. Das 11:00 às 16:00 os amantes dos boxers podem comparecer no parque Oriental.

Esta iniciativa partiu de um grupo de amigos unidos pelo amor a raça dos nossos corações. Para além de poder trocar experiências, esta reunião também serve para colectar dádivas para a Boxer Rescue Portugal. Quem desejar contribuir com alimentos, mantas, brinquedos, remédios, etc., pode aproveitar este lindo momento para ajudar aos boxers resgatados. Todos as ajudas são bem-vindas.

Este encontro de boxeristas é o terceiro que ocorre em 2015. Os outros encontros tiveram lugar em Julho e Setembro, nas cidades do Porto e Coimbra, respectivamente.

ImagemEncontro.jpg

Todas as informações estão disponíveis no site do:

 3º Encontro Nacional de Boxers

 

publicado por Blog do Boxer às 20:43

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Terça-feira, 17 de Novembro de 2015

Doenças cardíacas no Boxer – Parte I – Sopros Cardíacos

baner.jpg

 

 INTRODUÇÃO

Os Boxers são considerados como uma das raças de cães mais predispostas para doença cardíaca (1). No entanto, nem todos os Boxers com um sopro cardíaco têm doença cardíaca. Para facilitar a discussão das doenças cardíacas dos Boxers, irei falar primeiro no significado dos sopros cardíacos em cachorros. Na segunda parte desta publicação irei abordar as estenoses congénitas dos grandes vasos cardíacos, geralmente associadas a esses sopros. Na terceira parte desta publicação falarei das doenças do miocárdio (cardiomiopatias), explicando o que se entende por “cardiomiopatia do Boxer” e as suas diferenças para a cardiomiopatia dilatada mais típica em outras raças.

 

SOPRO CARDÍACO EM CACHORROS – INTRODUÇÃO

A identificação de um sopro cardíaco num cachorro, durante a primeira consulta para vacinação que ocorre geralmente entre as 5 e as 8 semanas de idade, é um achado muito frequente. Importa primeiro esclarecer o que é um sopro cardíaco. A auscultação normal dos cães (assim como a dos gatos, humanos e restantes mamíferos) é constituída por dois sons bem distintos, intercalados por momentos de silêncio (pausa sistólica e pausa diastólica). Quanto menor for a frequência cardíaca (por exemplo em raças gigantes, em humanos ou em mamíferos de grande porte) mais fácil é identificar com clareza ambos os sons. O primeiro som (S1) corresponde ao início da sístole e ao fecho das válvulas atrioventriculares (mitral e tricúspide); o segundo som (S2) corresponde ao final da sístole e ao fecho das válvulas semilunares (aórtica e pulmonar).

 Figura1.jpg

Quando auscultamos um sopro ele ocupa os momentos de pausa entre os sons cardíacos (um sopro sistólico é audível entre S1 e S2; um sopro diastólico é audível após S2). É importante realçar que um sopro cardíaco surge quando temos uma ou duas das seguintes alterações: aumento de velocidade e/ou turbulência do fluxo sanguíneo no interior do coração ou grandes vasos. Os sopros cardíacos são classificados em graus de intensidade, como ligeiros (grau I e II), moderados (grau III e IV) e intensos (grau V e VI). 

 

QUAL O SIGNIFICADO DE UM SOPRO CARDÍACO DETECTADO NUM CACHORRO?

Em termos clínicos, dividimos os sopros em 2 tipos bem distintos, quanto à sua causa: sopros “fisiológicos” (também chamados “benignos” ou “inocentes”) e sopros cardíacos provocados por doença cardíaca. A distinção só é possível realizando exames cardíacos e outros exames complementares para descartar as causas fisiológicas de sopro. Os sopros “fisiológicos” são os sopros que não estão relacionados com qualquer doença cardíaca identificável. Surgem geralmente em consequência de doenças extra-cardíacas que provocam alterações na viscosidade sanguínea (anemia, hipoproteinémia) ou na contractilidade cardíaca/velocidade de fluxo (hipertiroidismo). Em animais muito jovens podem igualmente surgir sopros considerados “inocentes”, para os quais não se consegue associar doença cardíaca ou sistémica como causa. Estes sopros desaparecem ao longo do crescimento do animal. Todos os sopros de origem extra-cardíaca são geralmente sopros sistólicos de baixo grau. 

Figura2.jpg

Os sopros cardíacos verdadeiros, resultantes de alterações estruturais no coração, têm geralmente uma intensidade ou grau variável, mas tendencialmente elevado. São exemplos destes sopros os que resultam de estenoses congénitas dos grandes vasos (sopro sistólico de ejecção no início da sístole), de insuficiência mitral (sopro sistólico ao longo de toda a sístole) ou de insuficiência das válvulas semilunares (sopro diastólico de baixa intensidade).

OS SOPROS DOS BOXERS TÊM ALGUMA PARTICULARIDADE?

Um estudo de 2010 (2) sobre sopros em cachorros desta raça, comprovou que existem diversos casos de sopro sem que haja estenose dos grandes vasos ou alteração estrutural identificável. Neste estudo, em 309 Boxers auscultados, 82 tinham um sopro cardíaco na base do coração (local de auscultação de estenose aórtica e pulmonar). No entanto, depois de realizada a ecocardiografia, verificou-se o diagnóstico de estenose aórtica em 25 animais e estenose pulmonar em 10. Ou seja, dos 82 Boxers com sopro, “apenas” 35 tinham uma forma de estenose congénita. Um estudo de 2003 já tinha levantado esta hipótese, embora analisando apenas estenose aórtica (3) Existe portanto uma probabilidade real de auscultarmos um sopro na primeira consulta e ele não ter significado clínico relevante. Isto é válido particularmente para os sopros de baixa intensidade (I e II). A partir do grau III a probabilidade de o animal sofrer de estenose dos grandes vasos é mais elevada. A causa destes sopros não associados a estenose deve ser avaliada caso a caso, mas é geralmente irrelevante em termos clínicos; pode estar associada a diâmetros próximos de estenose ou a pequenos defeitos no septo atrial, como sugerido por um estudo de 2006 (4).

É muito importante que todos os cachorros de raça Boxer sejam auscultados pelo menos uma vez em ambiente adequado, até aos dois meses de idade. Qualquer sopro de grau III a VI deve ser encaminhado imediatamente para investigação adicional por ecocardiografia. Os sopros de grau I e II devem ser reavaliados na altura da revacinação mensal e ser então recomendados para ecocardiografia caso persistam ou aumente o seu grau.

Todos os criadores e proprietários de Boxers devem estar informados quanto ao verdadeiro significado de um sopro mas nunca devem desvalorizá-lo, dado que ele pode significar uma alteração congénita grave que poderá vir a afectar não só o próprio animal como a sua descendência. 

 

  1. Oliveira P, Domenech O, Silva J, Vannini S, Bussadori R, Bussadori C. Retrospective review of congenital heart disease in 976 dogs. Journal of veterinary internal medicine / American College of Veterinary Internal Medicine. 2011;25(3):477-83.
  2. Hopfner R, Glaus T, Gardelle O, Amberger C, Glardon O, Doherr MG, et al. [Prevalence of heart murmurs, aortic and pulmonic stenosis in boxers presented for pre-breeding exams in Switzerland]. Schweizer Archiv fur Tierheilkunde. 2010;152(7):319-24.
  3. Koplitz SL, Meurs KM, Spier AW, Bonagura JD, Fuentes VL, Wright NA. Aortic ejection velocity in healthy Boxers with soft cardiac murmurs and Boxers without cardiac murmurs: 201 cases (1997-2001). Journal of the American Veterinary Medical Association. 2003;222(6):770-4.
  4. Chetboul V, Trolle JM, Nicolle A, Carlos Sampedrano C, Gouni V, Laforge H, et al. Congenital heart diseases in the boxer dog: A retrospective study of 105 cases (1998-2005). Journal of veterinary medicine A, Physiology, pathology, clinical medicine. 2006;53(7):346-51.
publicado por Blog do Boxer às 20:59

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Terça-feira, 3 de Novembro de 2015

A apresentadora Maya fala dos boxers

Hoje tive a oportunidade de escutar o testemunho da conhecida apresentadora Maya, sobre a nossa raça. Sem dúvidas é uma opinião que todos os amantes dos boxers partilhamos.

Fica aqui o video da Maya no programa Manhã CM, da CM TV.

 

 

publicado por Blog do Boxer às 16:56

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Sábado, 29 de Agosto de 2015

Os netos de Blacky

Este post é a continuação do trabalho que estamos a realizar sobre a descendência de Blacky von der Scheleuse, um boxer alemão que viveu em Portugal na década de 70. Numa primeira publicação intitulada Os filhos de Blacky mostramos como na década de 80 o sangue do Blacky foi profusamente disseminado pela maioria dos canis portugueses.

Blacky.jpg

Desta vez iremos a abordar o período de tempo entre o final dos 80 e o ano 1996.

Gostaria por começar com um agradecimento às Sra. Ana Laguinha e Lilian Raucoules que amavelmente emprestaram um significativo número de documentos, sem os quais teria sido impossível este trabalho.

2015-05-12 19.07.51.jpg

1. Descendentes de Rita de Sellium

Rita de Sellium (filha de Chita de Sellium) foi uma das netas de Blacky com maior impacto no panorama boxeristico português. Destacou-se nos ringues e conseguiu o título de campeã nacional.

RitaSellium.jpg

A seguinte imagem ilustra a relevância da Rita como reprodutora.

RitaSelliumDescendentes.jpg

Gostaríamos de partilhar algumas imagens de destacados exemplares, descendentes da Rita de Sellium sem deixar de frisar que o sangue da Rita (e consequentemente do Blacky) tem sido preservado por destacados criadores portugueses até os nossos dias.

ClarkCanihaus1.jpgFerruciCanihaus.jpgQdoCanzoal.jpg

 2. Descendentes de Guedra de la Vallée D'Oulja

Guedra foi outra extraordinária reprodutora, filha da Ainn de la Vallée D'Oulja. O mérito da sua descendência  tem sido reconhecido por um assombroso número de criadores e expositores portugueses.

GuedraVOdescendentes.jpg

Entre os exemplares que descendem de Guedra estão reprodutores de excepção como Oum, Ouzud e Wagner de la Vallée D'Oulja:

OumVOdescendentes.jpg

OuzudVOdescendentes.jpg

WagnerVOdescendentes.jpg

3. Descendentes de Velours de la Vallée D'Oulja

Uma das filhas da Velours (filha do Djinn de la Vallée D'Oulja) foi a campeã Chloe de la Vallée D'Oulja. A Chloe foi considerada a melhor cadela portuguesa em 1996. Isto é, nesse ano venceu o Trofeu Vallée D'Oulja.

VeloursVODescendentes.jpg

É necessário assinalar que a Vesta de la Vallée D'Oulja (outra das netas do Blacky) , írmã de ninhada da Velours, foi a mãe da ninhada D de Linvel. O pai dessa ninhada foi Wagner de la Vallée D'Oulja que como já tive a oportunidade de referir, também é descendente do Blacky.

4. Descendentes de Etna de Chipema

A Etna foi outra grande reprodutora, neta do Blacky von der Scheleuse. Esta cadela foi filha de Danaide de la Vallée D'Oulja, filha do Blacky.

Quero aproveitar este espaço para deixar uma palavra de profunda admiração pela Sra. Margarida Correia, proprietária do afixo Chipema. A Margarida Correia deu um importantíssimo contributo como criadora, juíza e dirigente do Boxer Club de Portugal. Os frutos do seu trabalho perduram até os nossos dias.

Em particular, a Etna foi a mãe de quatro ninhadas registadas com o afixo Casal de Paúves, como é possível observar na seguinte imagem:

EtnaChipemaDescendentes.jpg

Entre os filhos de Etna de Chipema é preciso destacar a Gala de Casal de Paúves. Uma excepcional reprodutora que deu origem a conhecidíssimos boxers portugueses entre os quais está a multi-campeã Marylin von Bispus, primeira campeã ATIBOX, nascida em Portugal.

GalaCasalPauves.jpg

Gostava ainda de referir que o pai da Gala foi o campeão Pacha de la Vallée D'Oulja, também descendente do Blacky, e um dos poucos boxers portugueses que conseguiu o nível III de IPO.

5. Desdentes de Bali e Boxy de Chipema

O pai da ninhada B de Chipema foi o conhecido campeão Djinn de la Vallée D'Oulja. As próximas imagens contem as informações que ate a data possuímos sobre os descendentes de Bali e Boxy, netos do Blacky.

BaliChipemaDescendentes.jpg

BoxyChipemaDescendentes.jpg

 6. Descendentes de Aton

Aton foi um cão que como a sua mãe Bicha foram registados sem afixo. A cadela Bicha foi uma das filhas de Blacky von der Scheleuse. A próxima imagem foi retirada da página do Vale do Cris, propriedade do Sr. Luís Gorjão, quem gentilmente acedeu ao meu pedido. 

AtonLG.jpg

Sobre a descendência de Aton contamos com as seguintes informações:

AtonDescendentes.jpg

CasaGrandeBlog.jpg

 7. Descendentes de Aizan de Domus Carlotae

O último neto do Blacky que gostariamos de referir neste trabalho é o Aizan de Domus Carlotae. Aizan foi outro dos filhos de Djinn de la Vallée D'Oulja.

AizanDomusCDescendentes.jpg

8. Algumas conclusões

Após este trabalho penso que é possível concluir que os descendentes do Blacky von der Scheleuse fizeram parte da maioria do canis portugueses, nas décadas de 80 e 90 do século pasado. Neste momento estou em condições de afirmar que a distância de 40 anos desde o nascimento do Blacky, muitos dos boxers portugueses actuais também são os seus descendentes.

Obviamente uma raça canina não se faz de um único exemplar. Sem o contributo de muitos outros exemplares excepcionais e do talento dezenas de criadores portugueses, não teria sido possível chegar ao nível do boxers de hoje.

Não obstante, o sangue do Blacky é algo que une à maioria dos boxers lusos nos últimos 40 anos. Do meu ponto de vista é um facto extraordinário que merece ser assinalado.

Nas próximas semanas iremos publicar um novo texto intitulado "Je suis Blacky", onde abordaremos o legado do Blacky na actualidade. 

 

 

 

 

 

publicado por Blog do Boxer às 00:28

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Terça-feira, 2 de Junho de 2015

Uma Vitória Portuguesa na ATIBOX 2015

No último fim de semana o Sr. Paulo Fernandes, criador de boxers com o afixo D'Anteikan conseguiu vencer a classe de Grupo de Criador, na exposição ATIBOX 2015.

Paulo2.jpgEste é um feito notável. Lembro que a última vez que um criador português conseguiu este troféu, foi na ATIBOX 2000 em Espinho, Portugal. Nessa ocasião a vencedora foi a Sra. Lilian Roucoules com o afixo Vallée D'Oulja.

Premio.jpg

Também na década de oitenta a Sra. Margarida Correia venceu o Grupo de Criador numa ATIBOX, com exemplares do seu afixo: Chipema.

Sobre o impacto na criação boxerista, na década de oitenta, dos exemplares registados com os afixos Chipema e Vallée D'Oulja, é possível consultar o nosso artigo Os Filhos de Blacky 

Decidimos colocar algumas questões ao Sr. Paulo Fernandes e quero agradecer a amabilidade das suas respostas.

Como foi que se interessou pelos boxers?

A realidade é que desde pequeno que adoro cães, até fui mordido por um... mais nunca tive medo deles! O interesse pelos boxers surgiu na minha adolescência quando uns amigos adquiram uma boxer fêmea e como eu frequentava a casa deles, depressa descobri que as características do boxer se identificavam comigo.

Quando foi a sua primeira ninhada?

A minha Ninhada A nasceu 1 ou 2 anos depois de ter registado o afixo, sem qualquer experiencia, tive o suporte de um criador que me vendeu os 2 primeiros exemplares e que no fundo hoje é um grande amigo.

Como criador quais tem sido as principais dificuldades que tem encontrado?

As dificuldades começaram logo no início quando achei que ser criador era adquirir 2 exemplares e criar. As coisas não correram bem! Não sabia que existia um estalão para o Boxer e achei que comprando um casal chegava para criar!
Logo, começou mal porque adquiri 2 exemplares em casas diferentes, através do jornal, e depressa comecei a ver que ambos tinham problemas....escrevi para o Boxer Club de Portugal  e tive a sorte de um dos elementos viver perto de mim e deslocar-se para ver os meus exemplares. Depressa chegámos á conclusão que o que tinha em casa eram cães, mas não boxers.
Mais tarde então adquiri um exemplar num criador registado e ai sim com ajuda do criador comecei a dar os primeiros passos e a aprender sobre Boxers! Agora, a dificuldade é coordenar o esforço de manter os meus exemplares saudáveis com o de criar dentro das linhas de sangue que sempre me propus para criar e que mantive ao longo destes anos!
Independentemente de tudo, eles são a minha família!

Quais tem sido os principais resultados dos exemplares criados por si?

Essa é uma pergunta interessante, porque para mim todos os resultados são principais! Quando começo um ano, proponho a mim mesmo objectivos a atingir e claro que ao longo destes anos tive vários prémios importantes e com destaque. Ter um exemplar que foi melhor boxer do Clube da Raça por várias vezes é algo que nos enche o orgulho! Ter Exemplares que têm vários títulos, sim, também nos enche o orgulho!
Agora o topo máximo foi o titulo de Campeã do Mundo FCI que para mim foi a cereja no topo do bolo! E claro, agora o primeiro lugar na Classe de Grupo de Criador da exposição ATIBOX, é algo que vem na sequencia do trabalho que tenho feito!

O que é o campeonato ATIBOX?

Para simplificar e para que todos possam ter uma ideia do que é, resume-se ao Campeonato do Mundo dos Boxers e que se realiza 1 vez por ano em países diferentes.

geral.jpg 

Em 2015 onde foi realizada a exposição ATIBOX?

Foi numa cidade na Alemanha que se chama Gelsenkirschen. Fica no norte da Alemanha, numa zona bonita para se passar umas ferias em sossego.

Quantos exemplares concorreram? De quantos países?

A estatística diz que eram mais de 750 exemplares e 29 países

Por favor explique em que consiste a classe de Grupo de Criador

A classe de criador é uma classe para mostrar no fundo o que cada criador cria, deve ser uniforme, com características similares, independentemente da cor (fulvo ou tigrado).
O criador pode com ajuda claro, apresentar um mínimo de 3 e no máximo de 5 exemplares do seu afixo mas que podem ser de donos diferentes.
O juiz avalia a qualidade e uniformidade de cada um dos grupos concorrentes.

Quais foram os exemplares que apresentou no seu grupo de criador na ATIBOX 2015?

Bem, infelizmente só pude apresentar 3 (mínimo) porque os outros estavam indisponíveis para tal. Apresentei 3 gerações diferentes: Bat D´Anteikan; Ego D´Anteikan (filho de Bat), Future D´Anteikan (neta de Bat).

Grupo3.jpg 

Qual é o significado que tem para si a victoria na classe de grupo de criador?

No fundo é mais uma "cereja no topo do bolo" porque, foi um objectivo sim, participar em grupo de criadores mas sempre com esperança de me classificar bem. E um prestigio poder fazer historia no Boxer em Portugal como sendo um dos poucos criadores que conseguiu este titulo e ainda por cima na nação do Boxer (Alemanha) num ano comemorativo!
Depois acho que é prestigiante para o boxer Português atingir uma meta como esta e poder dizer: ESTAMOS PRESENTES!

Grupo1.jpg

Quero agradecer a duas pessoas em especial que estiveram em ringue comigo e que me apoiaram do principio ao fim....Elena Trufanova e Eleve Polyakova Iryna!

Quero também agradecer a todos os meus amigo boxeristas que sempre me apoiaram e enalteceram o meu trabalho!

Grupo2.jpg

 

publicado por Blog do Boxer às 21:00

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Quinta-feira, 21 de Maio de 2015

CRIOCONSERVAÇÃO DO SÉMEN

baner.jpg 

Nossos boxers envelhecem rapidamente e naturalmente surge a questão de como conservar o seu potencial genético. Actualmente existe a possibilidade da crioconservação do sémen. Sendo que ainda está em estudo a possibilidade de num futuro não muito longínquo poder conservar o potencial genético das fêmeas com recurso à congelação de óvulos, a inseminação in vitro e o transplante de embriões.

Relativamente ao sémen é necessário conhecer as diferentes partes do esperma e os hábitos do boxer para poder proceder á conservação seminal
O macho de raça boxer é muito excitável mas também tarda muito em amadurecer sexualmente. Geralmente não aceitam a manipulação durante a fase de excitação e brincadeira. Apenas após a penetração permitem o contacto e portanto é preciso dispor de uma fêmea no cio que facilite a excitação, embora sempre há excepções. Os preliminares consistem em jogos de perseguição, lambidelas entre ambos e doces toques dos corpos. Assim que o macho tenta montar a fêmea é preciso impedir a penetração fazendo-o acreditar que o nosso material de colheita é a vagina da cadela.

Foto 1.jpg

A ejaculação tem três fases. Na primeira, chamada de pré-espermática, o líquido é transparente e serve para limpar a uretra de restos de espermatozóides mortos, secreções, bactérias e urina. Esta primeira secreção seminal deve ser descartada.

A segunda fracção, chamada de espermática, é rica em espermatozóides. Deve ser branca, anacarada e densa. No boxer tem um volume entre 0.5 ml. e 4 ml.
A última parte da ejaculação é a prostática e consiste em fluidos que servem de meio de transporte para permitir a
deslocação dos espermatozóides no útero e como meio de nutrição dos mesmos. O volume de esta fracção pode ser de poucos mililitros e pode chegar até os 30 ml. Esta parte é prejudicial para a conservação do sémen. Para realizar a inseminação em fresco deve ser colhida, mas em caso de refrigeração ou congelação deve ser separada da segunda fracção (espermática). 

Foto 2.jpg

O sémen canino é muito sensível à manipulação podendo ser gravemente afectado pelo contacto com a agua, pela exposição à luz, pelo aumento da temperatura, pela electricidade estática e por materiais como o borracha ou o látex.

A sobrevivência do sémen canino de boa qualidade, ronda os 7 dias no útero.
A refrigeração do sémen à 5º C permite que este seja viável entre 3 e 5 dias, podendo chegar até os 10 dias acrescentando determinados protectores (gema de ovo). Existem produtos comerciais disponíveis para a sua preparação de maneira cómoda e simples. Também é possível encontrar receitas caseiras. É importante ter em conta que os contentores que protegem da perdida de frio, raramente o conseguem fazer para além das 48 horas. Logo o tempo da viagem (em DHL, FedEx, etc.) não deve ultrapassar os dois dias
Como vantagens da refrigeração do sémen é possível assinalar a manipulação com um mínimo de formação, de maneira económica, com ligações entre as principais cidades europeias em menos de 48 horas. Uma das desvantagens deste método está na manipulação do macho que pode ser complicada se não se dispõe de uma fêmea no cio, no momento da colheita. Também é uma desvantagem o facto de as empresas transportadoras não realizarem entregas ao fim de semana e nos feriados. Ou seja para garantir a entrega do sémen refrigerado em 24-48, este só pode ser enviado de segunda-feira até quarta-feira, ou como máximo até quinta-feira. O sémen refrigerado sobrevive no interior do útero até 48 horas. 

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A congelação do sémen permite a sua viabilidade por tempo indefinido quando é mantido à temperatura de -196º C. Durante o processo de congelação o sémen é arrefecido lentamente e é diluído com produtos que evitam o choque térmico, a contaminação bacteriana, estabilizam o pH e impedem a formação de cristais de gelo que danificariam os espermatozóides. O processo de congelação deve ser realizado por pessoal qualificado e a sua manutenção precisa de uma constante supervisão e a reposição periódica de azoto líquido. Os instrumentos para a sua manipulação têm um elevado custo. O sémen congelado e posteriormente descongelado deve ser depositado no interior do útero (inseminação intra-uterina) e a sua sobrevivência é de apenas 12 horas. Por esta razão é muito importante determinar o momento da ovulação da fêmea boxer.

Entre as vantagens da congelação do sémen podemos citar a possibilidade de conservar o material genético dos nossos reprodutores para além da sua vida reprodutiva, a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis que não toleram a congelação, a possibilidade de programar a extracção do sémen quando dispomos de uma fêmea no cio e a possibilidade de realizar envios de sémen para todo o mundo.
Como desvantagens é possível referir o facto de esta técnica de inseminação exigir uma elevada especialização do
veterinário, que o seu custo é mais elevado e que periodicamente é preciso desembolsar o preço do armazenamento. É importante mencionar que a congelação do sémen tem mais garantias de êxito quando os machos têm entre dois e cinco anos de idade. Os resultados são piores fora desta faixa etária. 

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Em condiciones ideais (fêmea fértil, macho fértil e momento de ovulação determinado) os estudos realizados mostram que a probabilidade de conseguir uma gestação é de 98%, quando é utilizado sémen fresco ou é realizada uma monta natural. Com o sémen refrigerado a taxa de sucesso cai para 90% e com o congelado para os 80%, também em condições ideais.

Existem métodos de congelação e refrigeração do sémen, patenteados e estandardizados, que aumentam significativamente estes valores, podendo chegar aos 91 e 94% de sucesso, respectivamente. Este é o caso do método CLONE, testado num estudo realizado a lavradores. Até a data não existem estudos publicados dedicados exclusivamente à raça boxer.

Para os nossos leitores portugueses deixamos os contactos de CLONE PORTUGAL:

Dr. Hugo de Oliveira

Hospital Veterinário

Rua Prof. Agostinho da Silva nº 1A

Tapada das Merces 

2725-530 Mem Martins

tel: +351914741907

      +351912568632

Email: hugo_hvt@sapo.pt

publicado por Blog do Boxer às 17:31

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CRIOCONSERVACIÓN DEL SEMEN

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Nuestros bóxer envejecen rápidamente y podemos plantearnos la necesidad de conservar su potencial genético. En nuestros tiempos existe la posibilidad de la crioconservación del semen más allá del tiempo y del espacio. Aún está en investigación para un futuro no muy lejano la conservación del potencial genético de nuestras hembras mediante la congelación de óvulos, inseminación invitro y transplante de embriones.

En lo concerniente al semen hay que conocer las diferentes partes del eyaculado y las costumbres del bóxer para poder proceder a la conservación seminal.

El macho bóxer es muy excitable pero a la vez tarda mucho en madurar sexualmente. La norma general es que no aceptan la manipulación durante la fase de excitación y juego y sólo una vez que han penetrado a la hembra suelen permitir el contacto por lo que necesitamos una hembra en celo que sirva de señuelo, aunque siempre hay excepciones. Los preliminares consisten en juegos de persecución y lamido entre el macho y la hembra seguidos de dulces golpes cuerpo con cuerpo. Una vez que el macho trata de montar a la hembra debemos impedir la penetración haciéndole creer que nuestro material de colecta es la vagina de la hembra.

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El eyaculado se produce en tres fases. La primera, llamada preespermática, es transparente y se encarga de la limpieza de la uretra de restos de espermatozoides muertos, secreciones, bacterias y orina. Esta parte del eyaculado debe ser desechada.

La segunda fracción, llamada espermática, es la rica en espermatozoides. Debe ser blanca-nacarada y densa. En el bóxer está entre 0,5ml y 4ml.

La tercera y última fracción es la prostática consistente en fluidos que sirven de medio de transporte para permitir el avance de los espermatozoides en el útero y como medio de nutrición de los mismos. El volumen de esta fracción varía de unos pocos ml hasta 30ml. Esta fracción es perjudicial para la conservación del semen por lo que en el caso de inseminación en fresco debemos recogerla pero para refrigeración o congelación se separará de la segunda fracción.

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El semen canino es muy sensible a la manipulación viéndose afectado de gravedad en el caso de contacto con agua, exposición a la luz, aumento de temperatura, electricidad estática, materiales como el caucho o el látex,…

La supervivencia del semen canino de calidad buena en útero ronda los 7 días.

La refrigeración del semen permite mantenerlo viable a 5ºC durante 3 a 5 días hasta un máximo de 10 días añadiendo determinados protectores (yema de huevo). Existen productos comerciales disponibles para su preparación de manera cómoda y fácil aunque también se pueden encontrar “recetas” caseras para su preparación. Es importante tener en cuenta que las cajas que protegen la pérdida de frío rara vez lo mantienen más allá de 48 horas por lo que los tiempos de viaje (courriers de despacho aéreo: DHL, FedEx,…) no deben superar los dos días en la entrega. Como ventajas ofrece la posibilidad manipularlo con un mínimo de formación, económico y comunicación con las principales ciudades europeas en menos de 48 horas. En casos de escasa producción de espermatozoides permite la extracción de varios eyaculados y su conservación para poder realizar una inseminación con suficiente número de espermatozoides. Las principales desventajas consisten en que la manipulación del macho puede ser complicada por no disponer de hembra en celo en el momento de la extracción dificultando o incluso impidiendo la extracción y que los courriers no transportan ni entregan en sábado, domingo ni festivos por lo que los días en que se puede enviar el semen para sea entregado en 24-48 horas van de lunes a miércoles o jueves. El semen refrigerado sobrevive en el interior del útero 48 horas.

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La congelación del semen permite la viabilidad del mismo manteniéndolo a temperaturas de -196ºC indefinidamente. Durante el proceso de congelación el semen es enfriado lentamente y se va diluyendo con productos que buscan evitar el choque térmico y la contaminación bacteriana, estabilizar el pH e impedir la formación de cristales de hielo que romperían los espermatozoides. El proceso de congelación ha de ser llevado a cabo por personal cualificado y su mantenimiento requiere de un control constante en el tiempo mediante aporte periódico de nitrógeno líquido. El instrumental para la manipulación tiene un elevado coste y es muy específico. El semen congelado y atemperado ha de depositarse en el interior del útero (inseminación intrauterina) y su supervivencia de esta forma es de unas 12 horas por lo que determinar el momento de la ovulación en la hembra de bóxer es de vital importancia. Entre las ventajas debemos destacar la posibilidad de conservar material genético de nuestros sementales más allá de su vida y de su salud, la prevención de enfermedades de transmisión sexual que no toleran la congelación, la posibilidad de programar la extracción de semen para cuando disponemos de hembra en celo y la posibilidad de realizar envíos de semen a todo el mundo. Como desventajas principales citar que la técnica de inseminación requiere de una especialización elevada del veterinario y el mayor coste y gasto periódico en almacenamiento. Es importante mencionar que la congelación del semen ofrece mayor éxito si se realiza en sementales entre los dos y los 5 años de edad, obteniendo peores resultados en sementales excesivamente jóvenes o mayores. 

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En condiciones óptimas (hembra fértil, macho fértil y momento de ovulación determinado) los estudios realizados establecen en un 98% las posibilidades de éxito de lograr una gestación, si es utilizado semen fresco o es realizada una monta natural. Con el semen refrigerado el porcentaje de éxito disminuye en torno al 90% y con congelado al 80%, si las condiciones son optimas.

Existen métodos de congelación y refrigeración del semen patentados y estandarizados que aumentan significativamente estos valores pudiendo llegar a 91 y 94% de éxito respectivamente, como es el caso del método CLONE en un estudio realizado en labradores. No hay estudios publicados basados únicamente en la raza bóxer.

publicado por Blog do Boxer às 14:47

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Quarta-feira, 13 de Maio de 2015

ATIBOX IPO 2015 Bélgica

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Todos Para Uno y Uno Para Todos!

Un año más, el Boxer Club de España estuvo presente en la Atibox IPO celebrada en la localidad de Mouscroen, Bélgica los días 8, 9 y 10 de mayo. 

Este año el equipo estuvo integrado por Jorge Alcaraz Cavielles con Athor de las Condovanas (La Rioja), a quienes haremos una mencion especial por ser esta su 4 Atibox IPO consecutiva. Juan Carlos Garcia con Zenobia Z Ringu ( Madrid) y José Miguel Villegas con Iro del Gran Arucan (Canarias). Y como Jefa de equipo, Rocio Sanchez-Ferragut Llorens. Nos acompañaron en este evento Mónica (Cuervo Negro) y Alberto y Bitia venidos también desde Canarias con Acania de Narea.

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El equipo empezó con los ánimos algo bajos debido a las dificultades que nos encontramos en el viaje. Denegación de embarque en vuelo, rueda pinchada y visita al taller en Francia, y un par de perros con afecciones en su salud que nos tuvieron en vilo hasta los últimos instantes.

Aun así, destacar la actitud del equipo, la unión y confianza. Jamás perdimos la esperanza.

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Un estadio con dificultades de acceso, nula sombra en la zona de aparcamiento para los perros, una megafonia que ni se oía y solo se daba en flamenco... no hicieron mermar nuestras ganas. Gracias al resto de equipos que nos íbamos ayudando. Gran ambiente vivido con ellos, sano y deportivo. Gracias a todos ellos por las muestras de apoyo, por preocuparse de nuestros perros y por los ánimos.

Llegaron los entrenamientos oficiales. La perfecta sincronizacion y organización por parte de Mónica y Juanca para optimizar nuestros 15 minutos. Cada uno de los españoles cumplió su tarea para realizar lo previsto. Aunque Zenobia se quedara descansando y recuperándose.
Llego el desfile, y vimos como muchos nos aclamaban, España está presente!
Un honor como jefa de equipo portar con orgullo nuestra bandera y representar a nuestros Boxers y a nuestros guías.

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Sorteos y organización de las disciplinas. Tuvimos alguna dificultad al ser perros impares y por la ausencia de USA, pero la organización lo resolvió con prontitud. El momento de comenzar era inminente.

Sabado de rastros. Amanecemos con frio y niebla y un viento fortísimo. Juan Carlos y Zenobia Z Ringu fueron los primeros en rastrear. Con lo que ello supone, organización no preparada y tiempos de espera mayores. Seguidos por Jose Miguel e Iro del Gran Arucan. Les tocaron unos campos con hierba que sobrepasaba la piqueta (se suponía que serian unos 15 cm) y de regalo, en el terreno contiguo abonando... muchas dificultades, aun así lograron terminar los rastros. 

Zenobia Z Ringu 82
Iro del Gran Arucan 72
Jorge y Athor de las Condovanas a medio día obtuvieron 75 puntos.
Día terminado y con alivio. Zenobia muy recuperada no sería retirada.
Este día también alegría en la Jahressieger Belga, obteniendo Apocalípsis de Narea el exc 1 en clase jóvenes hembras atigradas y su titulo de Jahressiegerin y Princesa del Real boxer Club Belga juzgada por Milos Lučić. Pudo salir y lucirse. Su hermana Acania de Narea una excelente 4 posición en su primera salida a ring.

Nuestro equipo disfrutó de la compañía de resto de equipos en la cena de gala. Intercambio de opiniones, juicios y sobre todo risas.

Domingo de obediencia y protección. Sol y calor. Le toca el turno a Jorge y Athor. Salen a disfrutar de la pista y demostrar su trabajo. 73 puntos en obediencia.
En protección marcan una diferencia en lo visto anteriormente con el fuerte carácter de Athor, la potencia y agresión.
Las incombustibles ganas de Athor les dejan 84 puntos.
Una honorable jubilación.

Turno de José Miguel e Iro, el cual no está por desgracia en uno de sus mejores dias de salud. En obediencia, los nervios de su novel guía hacen que Iro cometa algunos fallos, más las sorpresas que tocan en un campeonato nos quedamos con la miel en los labios y 67 puntos.
En defensa mejoramos e Iro muestra su contundencia y potencia. Las dobles ordenes hasta antes nunca dadas nos dejan 85 puntos y un cierre de Atibox digno de jubilar a Iro a sus casi 8 años.

Termina el equipo Español con Juan Carlos y Zenobia. Destacar el corazón de Zenobia a la hora de salir a pista a pesar de como había pasado los últimos días. Como conectó con Juanca justo al entrar y salió de pista con la misma intensidad.
Sin conocer el estadio. Aunque hubo fallos que la dejaron con 71 puntos nos quedamos con muy buenas sensaciones.
En defensa... estuvo espectacular. Fuerte, Rápida, limpia, atenta. Un excelente trabajo de 92 puntos.

Así concluimos la crónica de esta edición de Atibox IPO 2015. En la que hemos sufrido mucho hasta último momento. Los nervios nos han traicionado. Pero sobre todo, hemos disfrutado de nuestros perros increibles. De este equipo de personas maravillosas. Y nos llevamos grandes recuerdos de esta aventura.
Dos dignas jubilaciones. Y la esperanza de que vengan perros de detrás tan buenos como los que terminan aquí su carrera.

A mi me dejan ganas de seguir trabajando. Esperanza en tener otro gran equipo para años venideros (Eslovaquia y Hungria). Soñar con algún día poder estar detrás de la bandera cómo guía. He aprendido mucho con todos vosotros. Ha sido un honor portar nuestra bandera. Representar al Boxer en España y el trabajo que con tanto esfuerzo realizáis. Gracias por dejarme formar parte de esta Atibox IPO. Me siento inmensamente orgullosa de cada uno de vosotros.
Sois grandes entre los grandes.

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publicado por Blog do Boxer às 15:01

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